Este artigo ou secção contém , mas as suas fontes não são claras porque não são , o que compromete a das informações.Maio de 2013) ( |
Capital humano é o conjunto de conhecimento, habilidades e atitudes que favorecem a realização de trabalho de modo a produzir valor econômico. São os atributos adquiridos por um trabalhador por meio da educação, perícia e experiência. Muitas das primeiras teorias econômicas referem-se à força de trabalho, um dos três fatores de produção, como um recurso homogêneo e facilmente substituível.
O Conceito de capital humano foi adotado, nos anos 1980, pelos organismos multilaterais mais diretamente vinculados ao pensamento neoliberal, na área educacional, no contexto das demandas resultantes da .
Antecedentes
Adam Smith comparava a "destreza melhorada de um trabalhador", através da educação ou aprendizagem, ao capital fixo, realizado na sua pessoa:
"Em quarto lugar, as habilidades adquiridas e úteis de todos os habitantes ou membros da sociedade. A aquisição de tais talentos, por meio da manutenção do adquirente durante a sua educação, estudo ou aprendizagem, sempre custa uma despesa real, que é capital fixo e realizado, por assim dizer, em sua pessoa. Esses talentos, fazem parte de sua fortuna, tal como também da sociedade à qual ele pertence. A destreza melhorada de um trabalhador pode ser considerada a mesma que uma máquina ou um instrumento de comércio, que facilita o trabalho, e que, embora os custos, reembolsa as despesas com um lucro. "
Logo, Smith argumentou, que a força produtiva do trabalho é dependente da divisão do trabalho:
"O maior aprimoramento nas forças produtivas do trabalho, e a maior parte da habilidade, destreza, e julgamento com o qual é dirigido em qualquer lugar, ou aplicada, parecem ter sido os efeitos da divisão do trabalho".
Contemporaneamente, o conceito de capital humano reaparece na década de 1950, nos estudos de Theodore W. Schultz, (1902 - 1998), que dividiu o prêmio Nobel de Economia de 1979 com Sir Arthur Lewis. Nos anos 1960, o conceito foi desenvolvido e popularizado por (Gary Becker), derivado dos conceitos de capital fixo (maquinaria) e capital variável (salários). O "capital humano" (capital incorporado aos seres humanos, especialmente na forma de saúde e educação) seria o componente explicativo fundamental do desenvolvimento econômico desigual entre países. Entretanto, a ideia de aplicar o conceito de "capital" a seres humanos, no sentido de transformar pessoas em capital para as empresas, contrariava frontalmente o pensamento humanista que marcou a esquerda no pós-guerra.
Considera-se que (William Arthur Lewis) tenha criado a área de economia do desenvolvimento - e consequentemente a ideia de capital humano - quando escreveu, em 1954, Economic Development with Unlimited Supplies of Labour. Mas a expressão "capital humano" não foi utilizada, devido a sua conotação negativa, até ser discutida pela primeira vez por Arthur Cecil Pigou:
"Existe investimento em capital humano, assim como investimento em capital material. Então, na medida em que isto seja reconhecido, a distinção entre economia do consumo e economia do investimento fica borrada. Pois, até certo ponto, o consumo é o investimento em capacidade produtiva pessoal. Isto é especialmente importante com relação às crianças: reduzir indevidamente os seus gastos de consumo pode reduzir muito a sua eficiência na vida futura. Mesmo para nós, adultos, após descermos uma certa distância na escala de riqueza, de modo a estarmos além da região de luxos e confortos "desnecessários", uma restrição no consumo pessoal é também uma restrição no investimento.
O uso do termo na literatura econômica neoclássica foi introduzido com o artigo Investment in Human Capital and Personal Income Distribution de , publicado no The Journal of Political Economy, em 1958. Depois, Theodore Schultz também contribuiu para o desenvolvimento do tema.
A mais conhecida aplicação da ideia de "capital humano" na economia é a de Mincer e (Gary Becker), da Escola de Chicago de economia. O livro de Becker intitulado Human Capital, publicado em 1964, foi uma referência por muitos anos. Segundo essa visão, o capital humano é semelhante aos "meios físicos de produção", tais como fábricas ou máquinas: o indivíduo pode investir em capital humano (via educação, treinamento, tratamento médico) e o resultado que obterá depende, em parte, da taxa de retorno sobre do capital humano que esse indivíduo possui. Assim, o capital humano seria um meio de produção, no qual um investimento adicional gera resultados adicionais. O capital humano é substituível, mas transferível como terra, trabalho ou capital fixo.
Nos anos 1980, o conceito de capital humano foi retomado, pelos organismos multilaterais mais diretamente vinculados ao pensamento neoliberal, na área educacional, no contexto das demandas resultantes da .
Alguns teóricos contemporâneos do crescimento consideram o capital humano como um importante fator de crescimento econômico. Pesquisas recentes têm apontado também a sua importância para o bem-estar econômico das pessoas.
A crítica marxista
De alguma forma, a ideia de "capital humano" é semelhante ao conceito de Karl Marx da força de trabalho: ele pensava que os trabalhadores capitalistas vendiam a sua força de trabalho, a fim de receber rendimentos (salários e vencimentos). Mas muito antes de Mincer ou Becker escreverem, Marx apontou para "dois fatos desagradavelmente frustrantes" para as teorias que equiparam salários ou vencimentos ao lucro sobre o capital.
- O trabalhador deve realmente trabalhar, exercer sua mente e corpo, para ganhar este "lucro". Marx distinguiu a própria capacidade de trabalho da força de trabalho e da atividade de trabalho.
- Um trabalhador livre não pode vender o seu "capital humano" de uma só vez; está longe de ser um ativo líquido (muito menos líquido do que ações e terras). Ele não vende as suas habilidades, mas firma contratos para utilizar essas habilidades, da mesma forma que um industrial vende seus produtos, e não a sua maquinaria. A exceção aqui são os escravos, cujo capital humano pode ser vendido, embora o escravo não obtenha um rendimento.
Um empregador deve receber um lucro das suas operações, de modo que os trabalhadores devem produzir o que Marx (segundo a teoria do valor-trabalho) denomina a mais-valia, trabalhando além do necessário para manter a sua força de trabalho. Embora ter o "capital humano" dê aos trabalhadores alguns benefícios, eles continuam a depender dos proprietários de riqueza não humana para sua subsistência. O termo aparece no artigo de Marx no artigo do jornal Nova iorquino "Daily Tribune", "The Emancipation Question", 17 de janeiro e 22 de 1859, embora o termo seja usado para descrever os seres humanos que agem como capital aos produtores, ao invés do moderno sentido de "capital conhecimento" dotado ou adquirido pelos seres humanos.
Segundo a (teoria marxista), o conceito de capital humano corresponde a uma reificação, com o propósito de convencer o trabalhador de que ele é, na verdade, um capitalista. Este aspecto é tratado no volume II de O Capital:
"Economistas apologéticos (...) dizem: (...) a sua [do trabalhador] força de trabalho é, portanto, ela mesma, seu capital em forma-mercadoria, da qual lhe flui continuamente seu rendimento. De fato, a força de trabalho é a sua [do trabalhador] propriedade (reprodutiva, que sempre se renova), e não o seu capital. É a única mercadoria que ele pode e tem que vender continuamente, para viver, e que atua como capital variável apenas nas mãos do comprador, o capitalista. Que um homem seja continuamente compelido a vender sua força de trabalho, isto é, ele mesmo, para outro homem, prova, segundo esses economistas, que ele é um capitalista, porque constantemente tem "mercadorias" para vender. Nesse sentido, um escravo também é um capitalista, embora ele seja vendido por uma outra pessoa, mas sempre como mercadoria; pois é da natureza dessa mercadoria, o trabalho escravo, que seu comprador não só a faça trabalhar de novo a cada dia mas também lhe dê os meios de subsistência que a capacitam a trabalhar de novo e sempre." (MARX, Karl . O Capital, vol. II, capítulo XX, seção X)
A abordagem das Nações Unidas
Esta página ou se(c)ção precisa ser .Agosto de 2015) ( |
Esta página , mas que todo o conteúdo.Abril de 2017) ( |
O conceito de capital humano tem relativamente mais importância em países com mão de obra excedentária. Estes países são naturalmente dotados com mais mão de obra devido à alta taxa de natalidade nestas condições. O trabalho excedente nesses países é o recurso humano disponível com mais abundância do que o recurso de capital tangível. Este recurso humano pode ser transformado em capital humano com entradas efetivas de valores educacionais, de saúde e morais. A transformação de recursos humanos primitivos em recursos humanos altamente produtivos com estas entradas é o processo de formação de capital humano. O problema da escassez de capital tangível dos países superavitários de mão de obra pode ser resolvido através da aceleração da taxa de formação de capital humano com investimentos privados e públicos em educação e saúde das suas economias nacionais. O capital tangível financeiro é um instrumento eficaz de promoção do crescimento econômico da nação. O capital humano intangível, por outro lado, é um instrumento de promoção integral do desenvolvimento da nação porque o capital humano está diretamente relacionado com o desenvolvimento humano, e quando há desenvolvimento humano, o progresso qualitativo e quantitativo da nação é inevitável. Essa importância do capital humano é explícita na abordagem alterada das Nações Unidas para avaliação comparativa do desenvolvimento económico das diversas nações da economia mundial.
As Nações Unidas publicaram o Relatório de Desenvolvimento Humano sobre o desenvolvimento humano em diferentes países com o objetivo de avaliar a taxa de formação de capital humano nesses países. O indicador estatístico de estimativa de Desenvolvimento Humano de cada nação é o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). É a combinação do "Índice de Esperança média de Vida", "Índice de educação" e o "Índice de Rendimento". O índice de Esperança média de vida revela o padrão de saúde da população no país, índice de educação revela o padrão de ensino e a taxa de alfabetização da população; e o índice de rendimento revela o padrão de vida da população. Se todos estes índices têm a tendência de crescimento durante um longo período de tempo, é refletido em tendência crescente no IDH. O Capital Humano é desenvolvido pela educação, saúde e qualidade de vida. Portanto, os componentes do IDH a saber são o, Índice de Esperança média de Vida, Índice de Educação e Índice de Rendimento estão diretamente relacionadas à formação do capital humano dentro da nação. IDH é o índice de correlação positiva entre a formação de capital humano e o desenvolvimento econômico. Se o IDH aumenta, existe uma maior taxa de formação de capital humano em resposta ao aumento do nível de educação e saúde. Da mesma forma, se o IDH aumenta, o rendimento per capita da nação também aumenta. Implicitamente, o IDH revela que quanto maior formação de capital humano, devido à boa qualidade de saúde e educação, maior será o rendimento per capita da nação. Este processo de desenvolvimento humano é a base sólida de um processo contínuo de desenvolvimento econômico da nação por um longo período de tempo. Este significado do conceito de capital humano na geração de desenvolvimento económico a longo prazo da nação não pode ser negligenciada. Espera-se que as políticas macroeconômicas de todas as nações se centram na promoção do desenvolvimento humano e desenvolvimento econômico posterior. O capital humano é o pilar desenvolvimento humano e do desenvolvimento económico em todas as nações.
Ver também
- (Índice de capital humano)
- Fuga de cérebros
- Capital
- Gestão de recursos humanos
- Teoria do desenvolvimento humano
Referências
- ; Steven M. Sheffrin (2003). Economics: Principles in action. Upper Saddle River, New Jersey 07458: Prentice Hall. 5 páginas. ISBN
- PAIVA, Vanilda. Sobre o conceito de "Capital Humano". Cadernos de Pesquina. n. 113, São Paulo, Jul.2001
- Economic Development with Unlimited Supplies of Labour. Por W. Arthur Lewis
- Pigou, Arthur Cecil A Study in Public Finance, 1928, Macmillan, London, p. 29
- Mincer, Jacob Studies in Human Capital. 1. "Investment in Human Capital and Personal Income Distribution". Edward Elgar Publishing, 1993.
- and Ludger Woessmann: The role of cognitive skills in economic development, September 2008, Journal of Economic Literature, 46, pp. 607-668. Rindermann, Heiner: Relevance of education and intelligence at the national level for the economic welfare of people, March 2008, Intelligence, 36, p. 127-142.
- Marx, Karl. Capital, volume III, ch. 29 pp. 465-6 of the International Publishers edition
- The Emancipation Question in New-York Daily Tribune, January 17 and 22, 1859
- MARX, K. O Capital, vol. II, capítulo XX, seção X. Capital e Rendimento: capital variável e salário
- Haq, Mahbub ul, Reflection on Human Development. Delhi: Oxford University Press, 1996
- Human Development Report, UNDP. «HDR»
Bibliografia
- Gary S. Becker. Human Capital: A Theoretical and Empirical Analysis, with Special Reference to Education. 1964, 1993, 3rd ed. [S.l.]: Chicago, University of Chicago Press. ISBN (UCP descr)
- (2007). «Human Capital White Paper» (PDF). Consultado em 27 de fevereiro de 2007
- Samuel Bowles & (1975). "The Problem with Human Capital Theory--A Marxian Critique," American Economic Review, 65(2), pp. 74–82,
- Sherwin Rosen (1987). "Human capital," The New Palgrave: A Dictionary of Economics, v. 2, pp. 681–90.
- Seymour W. Itzkoff (2003). Intellectual Capital in Twenty-First-Century Politics. Ashfield, MA: Paideia,
- Brian Keeley (2007). OECD Insights; Human Capital. [1]
- Rossilah Jamil (2004). Human Capital: A Critique. Jurnal Kemanusiaan ISSN 1675-1930.
Ligações externas
- New papers and articles on human Capital, a free Newsletter edited by the RePEc academic Project
- Human Capital, (Gary Becker) The Concise Encyclopedia of Economics.
- Human Capital Management (HCM) research papers, Softscape Whitepapers.
- OECD Insights: Human Capital - a primer
- Jurnal Kemanusiaan, Bil 04 Dis 2004 (ISSN 1675-1930). Faculty of Management and Human Resource Development