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O rio Abunã (Abuná, na parte boliviana) é um curto e caudaloso curso de água amazônico, um dos afluentes do alto Madeira, que forma quase toda a fronteira norte entre Bolívia (departamento de Pando) e Brasil (estados de Acre e Rondônia).
Rio Abunã | |
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Comprimento | 375 km |
Nascente | Confluência do e o |
Altitude da nascente | 130 m |
Foz | Rio Madeira |
País(es) | |
País da bacia hidrográfica |
Etimologia
Há duas versões para o significado em língua tupi do termo ab'una ou abu'nã: alguns tupinólogos dizem que quer dizer “água escura que desliza sem ruido” (ou “rio escuro e silencioso”); já outros, sugerem que o termo signifique “homem de preto” ou “sacerdote de preto”, que era o nome que os índios das Missões davam aos jesuítas, aludindo à sua roupeta.
Características
O rio Abunã nasce na Cordilheira Oriental dos Andes bolivianos da confluência de dois pequenos rios, o (ou Xipamanu) e o , no departamento de Pando. Tem como principais afluentes os rios , o , o e o (e seu afluente, o ).
Apresenta comprimento aproximado de 375 km. Em alguns setores, o rio é cruzado por aflorações do Escudo Brasileiro, formação geológica que origina as cachoeiras ou zonas de rápidas e pequenas cataratas.
Tem como povoações de importância em suas margens: Plácido de Castro (Acre), , capital da província , e o antigo vilarejo de atual , que é uma vila comercial. Atravessa as pequenas localidades de Santa Lourdes, Puerto Rico, Santos Mercado, Bom Comércio, Fortaleza e Abuná, na confluência com o Madeira, que se localiza na ribeira oposta a localidade boliviana de Manoa.
O rio é navegável em um tramo de 320 km em seu curso inferior, sobre o qual passa a ponte sobre o rio Abunã.
Notas
- Outras fontes referem 500 km, como a publicação da FAO: As águas continentais da América Latina.
Referências
- Octaviano Mello (2003). Dicionário tupi-português, português-tupi: grandes temas em pequenos formatos. [S.l.]: Edições Governo do Estado. 117 páginas
- João Severiano da Fonseca (1880). Viagem ao redor do Brasil, 1875-1878, Volumes 1-2. [S.l.]: Typographica de Pinheiro
- R. Ziesler e G.D. Ardizzone (1979). «As águas continentais da América Latina». FAO/ONU. Consultado em 20 de junho de 2020